Que as pulgas de mil camelos invadam os corpos de meus leitores que não deixam comentários. Think about!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Dodi o Zicado em Eu sou um Desastre

Eu sou um desastre, mas valho a pena!!!

Anjo Gabriel o desastrado temporário


Como coloquei em um de meus posts, eu fiquei um cara desastrado. Mas acredito que isso é apenas uma fase que estou passando. Pelo menos espero. rs, pois os desastres podem se tornar perigosos. hehe. Decidi relatar alguns que aconteceram comigo.

Por exemplo:

Tinha uma garota que eu era simplesmente apaixonado na faculdade. Ela era simplesmente demais. Super legal... até ficamos um tempo juntos, mas infelizmente não deu mais certo. Bom... o "infelizmente" é referente a época, pois hoje não tem mais nada a ver. hehe... mas o fato é que ela, não sei como, despencou dos degraus da faculdade, e desmaiou,  coitada. Eu nem tinha ido na aula aquele dia, senão é claro que tinha pego ela pelos braços antes de cair.

Mas ela caiu e faltou alguns dias, pois machucou as costas e as pernas e... mais um monte de coisas.

Eu, muito prestativo, fui fazer uma visita a ela, e comprei umas amanditas para levar. Quando cheguei lá, ela me recebeu super bem. (é que nessa época eu não ficava mais com ela, mas ainda era meio apaixonado). Falei...

_ Oi, tudo bem!
_ ah... tudo! que bom que veio me ver...
_ eu vim trazer esse humilde presente...
_ ah! que ótimo... eu adoro amanditas Faz tempo que não como. (mentira, seu pai era padeiro, e ela comia sempre que quisesse.)

Daí!!! o gabriel gurizão foi abrir o pacote e "BOOM!!!"

DERRUBEI TODAS AS MALDITAS AMANDITAS NELA E NA CAMA DELA E NO CHÃO DA 
CASA DELA E NO SEU CABELO E MAIS ONDE PODIA CAIR AMANDITAS. Ela coitada... estava imóvel!  Daí... o ventilador espalhou por todo o quarto e foi aquela farofa!!!!

Ao menos ela sorriu. Acho que para não chorar... mas nem deu nada. Uma semana depois, quando já estava recuperada, ela me levou dois salgados da sua padaria, para me recompensar. rs


ha!!! E por falar em meninas que eu gostava, teve outra que conheci na faculdade, tb, que eu adorava, e fui buscá-la, ou melhor "resgatá-la" daqueles jantares em família de última hora. 

Ela me achou um príncipe encantado quando peguei ela da mesa, olhei firme para seu pai e disse com firmeza olho no olho. "Ahora su hija esta con yo!!!" Cara.. a noite seria ótima não fosse o que eu fiz.

Ela tinha que pegar alguma coisa em sua casa, que eu não me lembro o que... dai ela esqueceu a chave no restaurante. E eu SUUUUPER prestativo... falei. Vamos desmontar esse portão eletrônico que daí conseguimos entrar.

E ela "Ta doido, meu pai me mata". E eu... "calma mocinha. Relaxa!!!"

DESMONTEI.... mas antes de montar seu pai, como um urso chegou e me viu com a boca na botija. E foi abrir o portão e nada. Eu não tinha montado ainda. kkkkkkk o velho me encheu o sapiquááááá....Havia sido que eles tinham instalado o portão elétrico no mesmo dia. E tinha dado o maior trabalho. mas a menina (depois daquele fatídico dia, e claro) continuou me adorando. heheheh. Mas são coisas que acontecem. Bom... para que fique claro, eu arrumei o portão.


Outra vez estava na casa de uma AMIGA de trabalho, com mais outra AMIGA e eu estava cozinhando para elas. Precisei de uma panela e tinha uma que não estava bem seca. Daí... eu fui na sacada do apê e fui sacudir a panela... e "boooom!!!" lá se vai a panela pro chão do prédio... Mas astuto como sou, em dois palitos já tinha pulado a sacada , pego a panela e voltado para o Apê... Mas não evitei que a dona da panela visse o ocorrido. (Ainda bem que minhas TRUE FRIENDS são quebradas. Imagina se fosse aquelas panelas de vidro, super caras?) DESASTRE!!!

A propósito... era o primeiro andar.

Outra vez, eu todo machucado de um acidente de moto que havia sofrido, fui atender minha ex namorada com um problema com sua campainha. Eu estava chapado de tanto medicamento. Mas ela insistiu que eu tinha que arrumar, pois foi eu que tinha instalado. Daí fui eu, meio "Ponto e virgula" com um super alicate na mão consertar a campainha. E em um corte astuto, dilacerei o fio de dois polos com apenas uma tacada. BOOOMM!!! DEI CURTO NA CASA... pois qualquer pessoa sã sabe que não se corta um fio ligado de uma vez. (com ressalva pois eu não estava são).


Em outra ocasião, eu tinha acabado de ganhar um cross "zinha" azul e fui para o Palhacinho de Ouro, e quando as meninas em coro disseram... "bicicleta nova" eu dei um Grau e no mesmo instante... "POFT!!!"
Estava jogado as traças no chão. Apenas minha irmã que estava comigo me socorreu. kkkkk (ela estava morrendo de vergonha! putz...)

Certa vez, meu pai estava debaixo do seu carro, era uma belina 86, na época, apenas com um macaco hidráulico. E todos sabem para que serve aquela chave em cima do macaco. Menos eu sabia. Pois eu girei a bendita chave e pressionei meu pai em baixo do carro. Meu pai coitado que sempre foi meio barrigudo, só deu tempo de gritar...
AHHHFFFFFFFFFF!!!! GAHHHFFFBRIEHHHFFFELHHHH!!!!!
e eu "ops!!!!"
DESASTREEEEEEEEEEEE!!!!


Se eu acendi 100 cigarros na vida, pelo menos 80 por algum motivo não explicado até hoje, bateram em meu olho direito. Nuca entendi essa fixação pelo lado direito...

Sem contar hoje que estava chovendo e eu estava dirigindo com o vidro embaçado e só percebi que não respeitei a faixa quando subi no meio fio. Bom... isso foi uma vez na vida e outra na morte.

E ainda as vezes que fui super pro-ativo e em meu primeiro emprego de carteira assinada, fui levar para meu chefe uma impressora em outra sala, mas abracei com tanto fervor aquela tarefa, que quando soltei a impressora, vi que tinha manchado minha mais nova camisa BRANCA de tinta preta. Nunca virem uma impressora.
DESASTER!!!!

Teve também a ocasião em que a diretora Iracema (que, ñ sei pq, mas me odiava) do EPEPGPO, Escola de Pré Escolar e Primeiro Grau Palhacinho de Ouro, me chamou na frente de todo o Colégio para cantar o hino, pois era sexta feira "dia de hino" e eu todo infeliz e forçado, não subi o pé o tanto que devia na mureta e "CATAPOLFT" simplesmente cai na frente do colégio INTEIRO!.

Quando eu era escoteiro, eu cai no rio, corgos e afins simplesmente um monte de vezes, o que me rendeu aos 10 anos de idade, um apelido que todos os mais de 150 integrantes do grupo conheciam.

AQUÁTICO!!! pois me disseram que toda vez que caia eu fazia "bulululululululuulululul" antes de subir a tona.


Mas essa merece destaque, pois meu primo Patrick, todo se achando pois tinha uma bicicleta aluminiun novinha enquanto eu tinha uma bem "Pebinha", em um passeio ciclístico, subiu de uma lado da bicicleta e caiu do outro no mesmo instante. TOMA!!! magrelo. hehehe


Para finalizar, teve a vez que a BIA minha cachorrinha, foi mordida pelos pitbulls assassinos do meu vizinho, e ela foi correndo para dentro de casa. Eu que estava com minha ex ex-namorada, fui ver o que gerava tanta gritaria... e vi a pobre bia tremendo no chão. Quando fui acariciá-la para acalmá-la... ela subtamente, em um bote certeiro como o de uma cascavel... arrancou a ponta do meu dedão fora. Daí chegou minha vizinha (dona do killer dog), dizendo...
Calma! calma! agente leva o "cachorro" para o veterinário... e eu sem dedo ali. (O CACHORRO?!?... a bia já tinha descontado sua ira no que restou de meu dedão, e estava de boa..., e eu aponto de desmaiar pela hemorragia e a minha linda vizinha me solta um comentário desse)...
Até que ela viu que es estava sangrando e perguntou onde estava o resto do meu dedo. E eu respondi...

Está lá na cozinha! (onde fui lavar minha mão)

Apenas a minha ex ex-namorada se comoveu com a estória.
Bom... é a vida...
dentre outras, mas foi as que lembrei no momento. Depois conto mais.
Na minha opinião os mais desastrados do mundo "Scooby-Doo"

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Lenda urbana - Anão Dunga piscou pra mim!

Pois é pessoal, pode parecer apenas mais uma lenda urbana para vcs, mas comigo ocorreu, e infelizmente a única testemunha foi a Bia, minha cachorrinha, que vcs já conhecem do post da morte da formiga.

"Ano de 2003 faculdade de Administração"

Eu estava deitado na rede da minha casa, lendo um livro sobre TGA (Teoria Geral da Administração). Pois tinha prova no mesmo dia. O livro estava ferrado... e a tarde estava ótima. E sabem duma coisa, não há nada pior do que ter que estudar um assunto chato, em um belo dia a tarde, onde vc podia estar fazendo algo muito mais interessante do que ler o livro de TGA do Idalberto Chiavennato.

Mais uma lenda urbana de campo grande MS
dunga dos sete anões


Eis que surge a "Bia" minha cachorrinha, em sua vida rotineira de não fazer p... nenhuma. Apenas dormir, comer e de vez em quando dar uma voltinha. E ela começou a desfilar na minha frente.

Quando o assunto não está tão interessante, como era o caso, qualquer coisa podia chamar minha atenção, até mesmo a Bia... e dito e feito. Parei de ler no ato e fiquei apenas observando como a bia é "de boa", tranquila e nem tem preocupação com nada.

E desfilava, e desfilava, e da-lhe desfile... coisa e tal, quando de repente algo aparentemente estático e um tanto mais interessante que a pobre bia, me chamou mais a atenção. Era o duende da minha mãe.
Ela tem mania de enfeitar as coisas, então ela comprou o dunga dos 7 anões e colocou no jardim da casa.

Eu fico meio cabreiro com esses anões de jardim, pois já repararam que eles nunca estão no mesmo lugar do dia anterior?

Sempre achei aquele anão meio sinistro!

Bom... de qualquer forma o sinistro me chamou a atenção e eu fiquei só observando.
Foi um momento de viagem total... encarava o anão dunga até que...

 b l i n k ! ! ! 

o maldito anão piscou para mim.

...e eu pisquei junto. kkkkkkkkkkk mentira... eu apenas me levantei da rede e fiquei pensando no que tinha acontecido. (mas se eu tivesse piscado ia ser massa)

Uma piscadela!

Foi animal! Curti muito o anão depois daquele dia, mas ele nunca mais fez nada parecido.

A bia, nem percebeu nada, ainda estava desfilando de um lado para o outro, como se ela fosse mais interessante.

O anão está sujo e esquecido na minha casa, pois ele hoje não passa de um anão sem graça e sujo de jardim.

Se ao menos fosse a branca de neve!

Mas foi um momento e tanto.

minha branca de neve



Coisas que afetaram minha auto estima

Essas são as coisas que afetaram minha auto estima, não necessariamente nessa mesma ordem.
by WIlson Gabriel Chita Lescano (o zicado)

- eu nunca tive uma lancheira;
- e se eu tivesse não teria o que por nela;
- a menina que mais gostava na 5º série aceitou namorar comigo, mas quando fui beijá-la ela disse q ñ estava preparada;
- minha irmã me colocava no sol quando bebê p/eu dormir;
- no dia que ia na festa de outra menina que gostava, atirei uma mola de ferro no chão e ela voltou no meu olho. (tinha 9 anos) Eu parecia um urso panda na festa;
- eu não tinha muitos brinquedos, meu primo Patrick tinha;
- eu não tinha bolacha doce, meu primo Partick tinha;
- eu ñ tive um carrinho de controle remoto legal, o Patrick tinha;
- primeira vez que roubei alguma coisa da vida, foram brinquedos do meu primo Patrick;
- A segunda tb;
- a terceira, quarta, quinta...;
- uma vez enrolei meu primo Patrick para conseguir um boné do Chicago Bulls bordado. Viva! eu consegui, e um dia depois, sofri o meu primeiro assalto. Levaram meu boné;
- nunca fui sorteado em rifas;
- nem na sena;
- minha irmã foi para Londres, eu não;
- ela estudou em colégios particulares, eu não;
- o patrick tb;
- algumas pessoas riam de mim por eu ter estudado em um colégio chamado Palhacinho de Ouro. Só não riam quem estudava comigo;- depois que conheci a mulher mais incrível do mundo me tornei o cara mais desastrado do mundo. (o pior é que isso é recente).

Bom... é o que dizem, azar no jogo, sorte no amor. will see.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Que belo dia (cai de moto na faculdade)

acho que fiquei totalmente disfarçado


Essa foi treta.

Sábado, 7:40 da manhã. Era alguma data de 2003. Eu tinha uma prova da faculdade com a professora mais exigente da faculdade. M.Sc. Sonia Oshiro. Professora de Administração da UCDB de Campo Grande/MS. Bem... como disse, eram 7:40 e eu devia estar na faculdade que dista 13km da minha casa a pelo menos 10 minutos antes. A professora não tolerava esse tipo de coisa. Atraso era a morte. Ou simplesmente motivo para eu não fazer a prova. E eu tinha estudado bastante para ela.
Bom... ainda bem que eu tinha uma moto. Coloquei o capacete e fui no vácuo para faculdade. O percurso não estava tao cheio pois era sábado de manhã, e o que eu fazia em média em 20min, levei apenas 11. Soquei a mão no acelerador... Quando cheguei na UCDB, no estacionamento mais precisamente, eu não percebi que tinha algumas de pedras britas. O suficiente para derrubar um motoqueiro. ah!!!! nem preciso dizer mais nada né.

BINGOOOOOOOOO!!!!


No segundo seguinte, lá estava o Gabriel no chão e pelo menos umas 30 pessoas na rampa do estacionamento admirando o meu showzinho.... Fiquei parado alguns segundos imóvel, apenas pensando no que fazer no passo seguinte. Foi aí que tive a grande ideia de agir como se nada tivesse acontecido. Me levantei! Levantei minha moto, peguei meu material e fui para sala.



Mas detalhe. "EU NÃO TIREI O CAPACETE". não podia ser identificado.

Fui até o banheiro, e saí disfarçado, pois deixei o capacete no local para pegar depois.
Acho que ninguem percebeu.kkkkkkkkkkkkkk
Fiz aprova e nem me sai tão bem assim. Acho que nem valeu apena o sacrifício.

Tataravô Gabriel Lezcano III - (1864-1953)

Este é meu tataravô, Dom Gabriel Lezcano III, quando chegou da Espanha, para fundar o meu blog e família.

Ele sempre dizia algo do tipo, apontando sua mão trêmula para cima:
"el jovens no respetan los más viejos"

Lezcano III (1864 - 1953)

Quando o vi pela última vez, estava com um LP do Nelson Gonçalves e cantarolando:

"Boemia, aqui me tens de regresso! e suplicando te peço... a minha nova inscrição.

Voltei! para rever os amigos de um dia, que eu deixei a chorar de alegria..."

Boas lembranças.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Eu sou a cara do PLAYMOBIL , ou pelo menos era

Foto do gabriel lescano quando criança 1985

Eu tinha um cabeção, parecia um playmobil.
Essa cahorrinha é a chirolita, ela morreu já coitada.





"Hoje eu pareço o wolverine"


hehehe
a cabeça diminuiu um pouco

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Lavou ta novo - CD Daniel

Tombo de moto

Moto nova... zerada... peguei na concessionária. Essa estória tem uns três anos. Eu estava com minha ex-namorada e estávamos felizes com minha mais nova aquisição. Já que a alegria era tanta, então pq não fazer uma visita para minha irmã, nem tanto pela irmã, mas sim pela farra da moto nova.

Minha ex nem estava tão empolgada, pois como todas, elas preferem o conforto de uma caminhonete, a dar o role com uma 125cc super irada. MULHERES. rs...

Estávamos então em um bom dia, era uma quarta feira, e sabem o que dizem sobre as quarta-ferias... são dias "bons"... e nada podia dar errado.

A menos que nessa estória estivesse envolvido a única pessoa que não poderia estar envolvida. EU!!!!

bom... minha irmã, mora em um bairro chamado "Vila Nascente" bairro vizinho do "Carandá Bosque" e entre os dois bairros existe uma rua que não tem asfalto. E foi nela que nos aventuramos.

Estava tudo tranquilo, e eu até estava devagar... devagar... quase parando... parei....
perdi o equilíbrio e "tiploft!". Caímos de lado e em câmera lenta. RIDÍCULO!!!

Eu como sou ninja, tive tempo de pular rapidamente e evitar a queda com a moto. Mas não sozinho... cai de cara no chão... e o mais engraçado é que só senti areia do pescoço para baixo...
Vcs não acreditam o pq, dessa façanha?

Eu cai com a cara em um cd do DANIEL... Putz! eu ouço Daniel desde a época do João paulo...
e logo antes de me levantar, uma música ficou em minha cabeça... "Estou apaixonado... esse amor é tão grande!!!! estou apaixonado e só penso em vc a todo instante..." eu até ia continuar um pouco, mas foi aí que me toquei que minha ex estava embaixo da motoca...

"MINHA MOTO NOVINHA."

CD do Daniel com vários sucessos

Não pensem que fui estúpido ou materialista em pensar isso. Pois se analisarmos friamente... ela não está mais comigo já a moto!

...também não, mas o arranhado que ela adquiriu me deu um prejuízo de umas 200 pratas quando fui vendê-la.

Chegamos na casa de minha irmã todos cheios de areia até no ouvido. (quer dizer, só no dela) pois o CD do Daniel me protegeu.

Bom, para que saibam, era apenas a capinha. O cd já não estava mais la dentro. Pena. Mas era uma capinha original. Uma vez a achei a capinha com encarte do No Doubt... e é muito chato ter o encarte e não ter o CD, e isso pesou em minha decisão de deixar a capinha do CD do Daniel onde estava. (mas o encarte do No doubt eu tenho até hoje)

Mas essa não é uma estória triste. Ninguém se machucou, apenas tomamos um banho e LAVOU TA NOVO.

Uns dois anos depois eu cai sozinho e pra valer de moto (com a mesma moto e ex namorada) fui parar no hospital, com perda de memória, e ainda por cima, como não tenho mais nenhuma das duas, ate hoje não sei se era a moto ou a ex que me dava azar. Mas outro dia conto essa.

"...viajando solitário, mergulhado na tristeza, foi numa curva da estrada, que eu tive uma surpresa, uma loira encantadora, bonita por natureza, me pediu uma carona, eu atendi com destreza..."

Essa tb é muito boa e tinha no encarte.

Últimos momentos de uma vida

Por que as baratas morrem de barriga pra cima?


Alguém sabe responder por que toda vez que um inseto morre ele fica virado para cima? Já repararam que as baratas, formigas e moscas ficam com as patas para cima quando morrem? 

Pois é... Vejam bem. Não estou me referindo aos insetos que por um infortúnio da vida vieram a falecer vítimas de atropelamento ou esmagamento ou até mesmo por brincadeiras de gatos curiosos, pois é claro que esses morrem de barriga para baixo. Afinal nenhuma barata vai se virar quando um ser humano deseja pisoteá-la. Na verdade, essa dúvida me assola há algum tempo, e por mais que tenha me dedicado a isso ainda não tenho uma reposta. Mas o que venho a relatar aconteceu comigo em setembro passado.

Eu estava no período da tarde curtindo a minha varanda quando de repente uma formiga me chamou a atenção. Fiquei observando ela por um certo tempo e logo percebi que se tratava de uma formiga idosa. Notei isso por que senti que ela se locomovia com certa dificuldade, como se sentisse cansada após uma longa jornada. (é bom que fique claro que estava de férias de meu trabalho e por isso pude me dedicar a observar a caminhada da formiga. Isso para que ninguém pense que não faço nada na vida).

... voltando a longa caminhada da velha formiga, fiquei curioso e a observei andar mais um pouco. Uma coisa interessante é que ela andava uns 20cm e parava uns 30 segundos. (claro que não com essa precisão. Estou falando em "Média" pois as vezes se tratava de 15cm e 27 segundos; mas isso não vem ao caso).

O Fato é que essa história toda já estava me comovendo e decidi me aproximar da formiguinha, pois a essa altura já estava envolvido emocionalmente. Fiquei mais próximo dela e observei que ela já estava parada por mais que 40 segundos, e ela não costumava fazer isso. Dai para minha surpresa... notei que ela virou o rosto para minha direção e assim ficou por alguns segundos (que me pareceram como horas). Assim, pude ver sua expressão, e senti a vontade de dizer algo, mas nada me ocorreu. Ela, como se estivesse decepcionada retornou sua cabeça vagarosamente ao devido lugar. Pude perceber (se não estiver louco) uma certa elevação em sua caixa torácica, como se fosse uma espécie de um ultimo suspiro... e suas pernas (ou patas) se flexionaram e ela faleceu. Foi instantâneo. Senti um frio na espinha que logo se aliviou quando percebi que a bia, minha cadelinha nos observava calada. Sim, ela viu tudo. Cheguei a conclusão que esta pobre formiga idosa, morreu de velha.

A idade chega para todos os seres vivos. Com isso, posso garantir que nem todos insetos morrem de barriga para cima. Para os que se interessaram pela formiga, quero que saibam que eu a cremei. Não podia deixá-la lá, para ser devorar por outro inseto que provavelmente irá morrer de barriga para cima, afinal, já estava envolvido.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

SABE O QUE É "TURUNÃO"?

Vocês sabem o que é TURUNAO?

Turunão é o boi velho que empata a cruza dos bois novos.
Traduzindo... turunão é todo cara que atrapalha de alguma forma alguma coisa.

exemplo de turunão: Cunhados, tias velhas ou aquelas amigas das minas gatas que ninguem quer mas vem de brinde com a amizade.

Todos nós já vimos um TURUNÃO!

Há muito tempo, eu ficava com uma bela garota, que morava perto da Rodoviária. Eu fui na casa dela e ela estava sozinha.
Fiquei com ela uns 10 minutos e logo em seguida, meu colega chegou dizendo que a mãe dele tinha dito para eu e ele irmos ao Banco pagar umas contas.
Eu falei para meu colega... "Cara, eu não vou agora, to com a menina. Depois eu vou." E vc acredita que meu colega disse: "ah... então eu espero aqui no Sofá."
tóin óin óin.... putz... meu colega era um TURUNÃO.

Outra vez eu estava com ume bela moça que adimirava muito. Estava sendo um bom momento. Pelo menos para mim. A conversa fuia, até que chegou uma colega dela com problemas e minha boa educação me fez ir embora para dar lugar ao lado psicológico de minha bela amiga.
T.U.R.U.N.Ã.O

Outro dia estava voltando para minha casa pela Av. Ceará. Ela tem uma descida de mais ou menos 1 km e uma subida de uns 300m. O que mais gosto é de acelerar o carro e deixar que ele pegue embalo nessa descida para poder subir os 300m que para bem em frente a UNIDERP, só na banguela.
Estava uma delicía pegar aquele embalo... até que um infeliz que estava na outra faixa decidiu mudar para a minha me impedindo de pagar uma boa velocidade para subir os 300m.
Esse cara foi um tremendo TURUNAO.

Eu já fui TURUNÃO. Meu cunhado sempre ia namorar minha irmã em casa e toda vez que o via, eu ia ficar com eles na sala só para falar de video Game com ele. Minha irmã odiava... imagina ele...
boM... eu era uma criança turunão!!!

Outra vez eu fui turunão sem querer, pois estava indo para os fundos da empresa que trabalho e flagrei duas pessoas se beijando. QUando o guri me viu ele saiu correndo (gurizão de tudo). A menina ficou sem graça e eu disse... Cara, foi mal... ela apenas me olhou.
Senti as letras brotarem em minha testa:
"TU RU NÃO."
Existe também o turunão indireto, que é aquele monte de guria que ninguem quer e ficam dizendo. Não fica com fulado... não fica com ciclano. E acaba turunando os esquemas da gurizada sem precisar estar com a pessoa.

E ainda o turunão ectoplasma que nem faz nada mas já turuna a vida das pessoas. Por exemplo: certa vez estava sozinho com minha ex-namorada e o negócio só não esquentou na casa pq ela estava esperando a sua avó chegar. Pois a mulher decidiu fazer uma visita do nada e a qualquer momento podia aparecer. Passou a tarde inteira e a véia não veio. TURUNÃO ECTOPLASMA. Pois queimou nosso esquema e nem precisou dar o ar da graça.

Pois é... todos já fomos TURUNÃO um dia e sempre encontraremos uns turunãos pelo caminho.

O jeito é nem ligar.

Eu atçe acho que os TURUNÕES deviam ter seu dia. Um dia que fosse feriado. Pelo menos assim eles teriam uma utilidade.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

the Neverending story - A história sem fim


CASO O VÍDEO ESTEJA RUIM, VEJA POR AQUI, MAS VOLTE PARA COMENTAR.

Caramba!!! achei sem querer esse vídeo que é fantástico.
Quem é dos anos 80 vai se lembrar do filme "A História sem fim".
Putz... adorava esse filme. Era de um guri que não tinha mãe e começava com um café da manhã onde estava comendo geléia e o pai falava sobre suas notas. Daí ele ia pra aula e uns caras maus queriam bater nele. Ele fugia até que eles o pegaram e jogaram na lata de lixo.
Depois ele entrava em uma velha biblioteca e pegava um livro chamado "História sem Fim".
Ele começa ler o livro e dai começa o filme. No final ele está envolvido com toda história e o mundo que chava FANTASIA precisava dele. (o final é paia mesmo).

Mas o filme é animal. Tinha o Atreio, e a princesa, e um dragão que ninguem sabia se era um cahorro gigante ou apenas um dagrão rosa que voaa e tinha cara de cachorro. Tinha o oráculo do sul que adivinhava as coisas e uma pedra que fala. Tinha também umas pessoas com duas cabeças e o terrível "Nada" que todos temiam. Menos eu.

Conheci o Kiko do Chaves indo para Itaporã/MS

- 2006 -

Estava eu indo para o interior de nosso estado, o evoluido Mato Grosso do Sul, rumo a Itaporã.

Itaporã: do guarani Ita=> Pedra - Porã => Bonita "Pedra Bonita" que dista 220 km aproximadamente da grande Capital "Campo Grande" ou Big Apple, ou Big Field.

O mapa do Mato Grosso do Sul - MS
Estava viajando de ônibus e tive uma experiência terrivel.

Conheci literalmente o Kiko do chaves. O capeta em forma de guri, com o perdão do trocadilho do Sérgio Mallandro.

A viagem corria normalmente. Tinha um menino gordinho comendo bolacha no banco da frente com seu pai. Logo percebi que fazia o tipo "burguesinho" "Playboyzinho viadinho" "filhinho de mamãe". Pois era branquinho e gordinho. E todos sabem que os gordinhos são bem alimentado e por isso precisam de mais dinheiro.

Mas ele estava até quieto, coitado... e eu fazendo mal juizo dele.
Parecia que nem se mexia as vezes. Seu pai lia algum tipo de periódico, não me recordo qual.

Para ir para Itaporã, muitas vezes tinhamos que pegar um ônibus da Viação NPQ, famoso pinga-pinga.
TInha esse nome pois parava em todos os lugares para pegar mais gente.

Numa dessas paradas, subiu uma familia que só a mãe sentou. As crianças ficaram em pé. MAs até ai tudo bem... era apenas uma viagem normal.
Estávamos acostumados com isso.

O kiko fazendo invejinha para o chaves do 8

O Guri que entrou, que tinha a mesma idade do "KIKO", era magrinho, sujo, com cara de fome, cara de sem brinquedos e ainda por cima estava de havainas remendadas.
Era bem pobrezinho coitado.

Fazer o que né... é a situação ótima de nosso pais. A bela distribuição de rendas.

Bom... o menino, ficou em pé ao lado do "KIKO" que estava em minha frente. E percebi que ele ficava só observando o guri que estava quieto.
Fiquei com o coração ná mão, pois sei bem o que é ficar com vontade de comer alguma coisa.

O que me deixou doido nessa estória toda, é que sem mais nem menos, o "Kiko" decidiu pegar um briquedo..."um aviaozinho de plástico" que nem sei de onde tirou.

Meu deus... ele começou a brincar com o aviãozinho e fazia com a boca assim: "vrummmmm!!! vrummmm!"
E o guri só observando com o olho "CUUUMMMPRIiiiiiiiiiDO"...

E o kiko... da-lhe que brinca com o bendito avião... e o menino só olhando...

Como se não bastasse a invejinha que o kiko gordinho estava fazendo, ele piorou a situação pois começou a passar o avião na cara do guri. e Da-lhe "Vrummmm!!!"

O pai do moleque simplesmente não se mexia. Fiquei com muita raiva. A única coisa que fazia era dar umas joelhadas no banco para acertar o gordinho.
Ele fez isso até o guri sair de lá do lado dele, o que durou uns 40 min. Incrivelmente, quando ele saiu o guri parou de brincar.

Eu podia ver nos olhos do menino pobrezinho a vontade de afofar aquele gordinho com tantas porradas até ele ficar com essa cara.

Bom... o kiko parou de importunar o pobre garoto.

E a viagem continuou.

Cada uma.

O primeiro dia do fim da minha vida - quase morri - LOUCURAS DE AMOR 4

#LOUCURADEAMOR #INLOVE

Talvez se eu tivesse com um capacete como esse.
...e minha bicicleta nem era tão massa.

A estória que venho a relatar é mais um amor de infância que me levou para cama. Eu estava na terceira série do Palhacinho de Ouro. Isso foi em 1992. Era um belo dia na Rua Manoel Cavalcante Proença (rua sem saída) onde morava.

Na verdade o dia estava nublado, mas bastou aparecer Katiúcia para o dia ficar como os dias das ilhas caribenhas.

Katiúcia era linda e tinha uma irmã chamada Kátia. Ela era minha vizinha de parede. Não imaginam minha felicidade quando vi seu caminhão de mudança chegando e descarregando suas coisas.

É claro que não é a katiúcia, mas como eu não 
tenho foto dela, essa dá pra ilustrar. 

Na verdade, quando o outro vizinho (sr. Djalma) se mudou, fiquei bem triste, pois ele era um cara que falava bastante comigo, mas a tristeza acabou com a chegada das duas irmãs.

Para as coisas melhorarem, sua santa maezinha, matriculou Katiúcia na mesma escola que eu (Palhacinho de Ouro)... e digo mais... na mesma sala que eu. #score

Rápido como uma raposa, eu logo fiz amizade com ela e até chamava ela para fazer tarefa comigo na minha casa. Sempre com um radinho e uma fita k7 para ouvir sucessos como "total eclipse in your heart" e criar um clima romântico no ar.

Nem preciso dizer que ela sempre ia né?

Bom... mas chegou o primeiro dia do fim da minha vida.

Estava andando de bicicleta, em minha rua, avistei a bela Katiúcia em sua varanda... acredito que vestia um pijama. Estava linda. Continuei pedalando e contemplando sua beleza. Me parecia que um beja-flor pousou em sua pele e...

... acordei em minha casa com dor de cabeça, de estomago, uma baita sede e um monte de gente me olhando em clima de velório.

Para entenderem, vamos voltar um pouco a estória. Uma pessoa importante desse causo é o Sr. Jamil, que morava umas 4 casas da minha e tinha uma CB500, uma Brasília branca e um caminhão boiadeiro. Para minha sorte, ele estava apenas com a Brasília.

Brasília do Seu Jamil

Diz a lenda, que eu estava andando com cara de tonto olhando para minha vizinha quando de repente, trompei com a brasília do Jamil e voei por cima dela, caindo e batendo o cabeção no chão. Quem conta isso foi a Dona Margarida, esposa do Tonhão. Família de nordestinos que moravam 5 casas da minha, vizinhos de parede do Sr. Jamil.

Soube que ela me pegou nos braços e entregou o corpo imóvel para meus pais.

Quando acordei, com aquela baita sede, senti um enjôo incomum. Pedi para Edicléia, menina que trabalhava em minha casa para buscar um copo d'água. E ela foi, com a velocidade do 3G da claro.

Estavam em minha casa o Marcinho, Carol, Celso, Ricardo Ochiro, Gabrielzinho e a bela, única, inigualável e de beleza incalculável "Katiúcia" ;). (todos amigos da minha rua)

O enjôo aumentou, e só foi o tempo de identificar algumas pessoas em minha casa e disparar. Chuaáááá´!!! "Chamei o hugo" em cima da única pessoa que não podia ser:

K.A.T.I.Ú.C.I.A.




E o melhor... adivinha quem chega bem na hora que acabo com minha vida. "Edicléia" que diz:

_Vixi... demorei!

Bah!!! acredito que esse foi o fim. Mas sabe o que dizem, se vc regurgitar em cima dela e ela continuar com vc, é porque era para ser sua. Caso vá embora, é pq nunca foi sua.

Ela se foi, para nunca mais voltar. Pelo menos com a intensidade que tínhamos. "Total eclipse in your heart" nunca mais foi a mesma. A não ser na 8ª séria. Mas isso é outra estória. Veja aqui!


Veja tambem:


terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

C'est la vie - Pulp Fiction

Caso o video esteja lento clique aqui e veja o vídeo no youtube, mas volte para comentar.

You never can tell - Esse é o nome da música do Chuck Berry. Veja a letra. Muito boa. E para quem não sabe, se tem uma coisa que gosto é a "Dança" por isso separei mais um vídeo de dança que adoro. É o video em que o Mia Wallace dança com Vincent Vega. Bem massa. Curtam ai.

A primeira sova que lembro (ugh!!!) - eu apanhei demais quando era criança e por nada.

Por favor, não batam eu seus filhos!


Campo Grande, MS, 1987. Vila Bandeirantes Rua Ermenegildo Pereira

Cara... uma vez minha mãe chegou em casa do trabalho e eu como sempre, estava limpo e bem comportado em casa.


Tudo poderia estar normal. Seria apenas mais um dia pacato em nossas vidas. Na vida da Família LEZCANO.

Não fosse minha mãe dizer as seguintes palavras, com um hálito de chiclete que não era normal dela.


"TENHO UMA SURPRESA PARA VOCÊ"
-I have a suprise for you-

Neste momento meu pai chegou e ela disse que teria que conversar com ele. E eu, lógico, disse... "Não! me dá o que me trouxe".


Minha mãe emendou: "Depois que conversar com seu pai. Agora, seja um bom menino e vá lavar a louça".

Sai fora. louça...kkkk


Algumas pessoas que me conheceram quando criança podem imaginar que eu queria realmente ganhar meu presente naquele exato momento.


Fui uma criança de poucas posses e muita disciplina. Não tinha brinquedos. Todos brinquedos que existiam quem tinha era meu primo Patrick.
é.... eu tenho um primo chamado Patrick, mas ele não é igual o do zorra total. O meu primo é realmente brigador de rua.

Pegador da mulherada. Mas hoje ele está quieto e casado.

Voltando a minha velha infância...eu não tinha nem um brinquedo de bolicho, desses que vc compra um suspiro e vem um carrinho. E eu nem aprontava tanto como esse menino da foto ao lado, que provavelmente tinhas vários brinquedos.



Então podem imaginar o que pensei quando minha mãe disse o que tinha para mim.
Fiquei pensando em ser uma bicicleta... ou um Video Game... ou um carrinho a controle remoto sem fio... ou um carrinho a controle remoto com fio... ou um carrinho sem controle mesmo... ou um carrinho que foi achado na rua... ou um par de meia... quem sabe uma meia só... talvez uma paçoca... quem sabe meia paçoca...

Já estava quase deprimido e tive que tomar uma atitude. Fui lá para ver o que que tava pegando que minha mãe não vinha logo para me dar o presente.


Quando entrei na sala vi meu pai e minha mãe com a cara bem séria. Eles estavam provavelmente discutindo algum assunto da casa, ou de contas, ou quem sabe sobre futebol... (mas é pouco provável)


Cheguei do lado da minha mãe e falei...


_Mãe... me dá meu presente.

e ela disse:

_depois filho.

E continuaram : "blablabalbalbalbalbalbalblablabla"

E meu pai: "blablabalbalbalbalbalbalblablabla"

Eu fiquei meio de lado... poxa, o que custava ela me dar o presente para que eu fosse embora e todos ficariam satisfeitos.


Novamente, corajoso como sempre fui:

_Mãe! me da meu presente.

E ela:

"_já disse, espera." e meu pai

_vai para lá bagual. (meu pai me chamava assim. O pior é que soube que ele que escolheu meu nome "Gabriel")

e... blablablabalbalbalbalbalbalbalballabla.

Isso se repetiu umas 4 vezes... pelo menos nas duas primeiras eles responderam, pois nas duas últimas, eles simplesmente fingiram que não tinham me gerado.


Foi ai que perdi a paciência: "EU QUERO MEU PRESENTE!!!" exclamei.


Nossa, como meu pai e eu nos parecemos, pois infelizmente ele também perdeu a paciência.




Caramba... ele levantou como um búfalo vindo em minha direção... sacou a cinta e "boom".



boom

Me acertou em cheio nas pernas. Senti elas dormirem no momento, o que me impossibilitou de andar para fugir.


Cara... foi uma bela pancada... acredito que essa surra comprometeu o meu crescimento em pelo menos 4 centímetros.


Daí minha mãe em um ato heroico resolveu ficar com dó e me entregou o presente. UM POUCO TARDE NÉ MÃE!



Era mais ou menos essa a proporção de meu pai com 
relação a mim naquela época e naquele momento.

Mas eu que não havia chorado pela dor da cinta, chorei ao ver o que ganhara. Minha mãe tinha comprado um saquinho de papel com umas 7 balas daquelas de chiclete.


Quando contei... eram apenas 6 balas, pois a sétima era só o papelzinho.

Caramba... como criança é burra. Apanhei por 6 balas chiclete. bah!!!!

Fui pro quarto chorando e e me arrastando, mas pelo menos masquei os 4 chicletes. claro. Um acabou ficando com meu pai e outro com minha mãe.


as malditas balas chiclet, big bol


preferia ter apanhado assim

Criança problema 2 - a pipa, pandorga, papagaio ou sei lá o que

O que dar de presente para o filho ou filha

Era um dia normal na rua Manoel Cavalcanti Proença, em alguma data remota entre 1989 e 1991. Pois é... como disse no post anterior, algo terrível estava por acontecer.

Foi o dia em que o pessoal estava soltando pipa. Todos tinham suas pipas, menos eu.
O Gabrielzinho (kiko), tinha uma pipa comprada do he-man, muito massa porém não era como eu queria. Queria uma de papel de seda com bambu e rabiola de sacola do comper.

O pessoal já estava me tratando como leproso por eu não ter uma pipa. 
Diziam algo do tipo:

"Deixa o Gabriel para lá, ele nem tem pipa mesmo!"

Só não chorava pois não era coisa de menino. Minha vontade era de enfiar um sabonete na guela deles todos.

Mas percebo hoje que isso era apenas um sentimento de invejinha.

Estava com medo de pedir pro meu pai fazer uma pipa para mim, uma vez que eu era bem criança e não sabia nem amarrar os cadarços direito. O problema é que meu pai tinha uma visão destorcida das coisas que eu gostaria de ter. Uma simples pipa poderia se tornar um grande problema em minha fase adulta.

Mesmo sem saber o que fazer, fui na mercearia "lá cabaça" que ficava no bairro caiçara e comprei um bambu, papel de seda e linha 10. Cola eu já tinha.

Tentei passar desapercebido na minha casa com todo aquele material. Era um sábado e minha irmã não estava em casa (provavelmente namorando). Minha mãe vendo TV (provavelmente Silvia Popovic) e meu pai ao lado dela (provavelmente pensando em quanto era sortudo por ser meu pai... ou não).

Fiz o mínimo de barulho possível para que ele não me visse, mas foi inevitável, pois com toda minha habilidade ninja em não fazer barulho, acabei fazendo.

Meu pai logo apareceu com a maior boa vontade do mundo. Nem sei se tanto para me ajudar, mas com certeza para mostrar que ainda não estava enferrujado e ainda sabia fazer uma boa pipa.

Meu Deus, que medo. Meu pai se propôs a fazer a melhor pipa da América latina para mim. E eu acreditei é claro... mas como todo paraguaio, fiquei... "Deconfiaaado".

Logo ele pôs a mão na massa e começou sua obra de arte. Todo orgulho como um herói  foi iniciando a sua pipa sempre com palestras paralelas de como ele era o "campeão de pipas em seu tempo". Cara... meu pai participou de tantos campeonatos que nem me lembro mais.

Para que saibam, uma pipa clássica é composta por três varetas de bambu, uma grande e duas menores, onde a grande fica no meio e as duas menores em suas extremidades.
Depois é o momento de passar a linha 10 para concluir a armação. Quando isso acaba é o momento de colocar o papel de seda.

Mas como vcs já conhecem meu pai do post anterior (veja aqui), podem concluir que ele não fez isso, e eu não podia questiona-lo.

Pois questionar meu pai sobre se ele sabe o que está fazendo pode ser tão pior do que jogar água nos gremlins.

No final de tanto sofrimento, pois não era nada daquilo que queria, minha pipa estava pronta. E meu pai como quem entrega um canudo de formatura de medicina na federal, me entregou a tão sonhada pipa, que me tiraria do vale dos leprosos.

O esquema das pipas

Era uma pipa "Balão". Acredito que se algum leitor de mais de 60 anos ler isso, vai dizer que essa pipa existe, más alguém da minha geração com certeza não.


A não ser o pessoal da minha rua que viu a pipa. huauha. Com a pipa nova, eu devia me sentir bem. De volta ao convívio social de uma criança, mas não era isso que sentia.




A pipa era trágica, pois não dava de bico e não podia colocar cerol. Mas no fim deu tudo certo, pois aprendi a fazer minha própria pipa que ficavam pensas até meus 13 anos. 

Depois saíram certinhas. Bom... não era assim algo que se possa dizer: "Nussssa! mas que bela pipa certinha" Mas dava pro gasto.

Enfim... eu cheguei em meu pai como um homem e disse obrigado, e meu pai respondeu da seguinte forma.


domingo, 3 de fevereiro de 2008

Criança problema 1 - carrinho de rolimã - traumas de infância

O que dar de presente para o filho ou filha

Eu e meus traumas de infância... depois de vender manga, andar com chinelos de garrafas de plastico e tudo mais... deixo aqui uma história para vcs.

Era um dia normal na rua Manoel Cavalcanti Proença, em alguma data remota entre 1989 e 1991.

Eu ainda era bem criança, quando a febre na rua se tornou o "Rolimã". Meus amigos todos tinham o seu rolimã, que o pai tinha feito, (menos o Gabrielzinho, que tinha o pai riquinho e havia comprado o seu. O Gabrielzinho era como o Kiko do Chaves.)

Meu querido pai percebendo minha frustração por não ter o meu carrinho de rolimã e percebendo que já estava implantada uma situação de exclusão social com a minha pessoa por eu não possuir o carrinho de rolimã, se propôs a fazer um para mim. E com a maior disposição do mundo voltou para casa com o material.

Nossa, era um grande dia... pois poderia brincar com todos sem ser o excluído ou tratado como leproso por não ter o carrinho.
Já cheguei apavorando meu pai, com dicas de como fazer o rolimã, me baseando nos melhores carros de rolimã que uma criança de até 8 anos já tinha visto.

Meu pai bem sossegado disse algo do tipo: "Calma guri, eu quando era criança era o campeão do rolimã"... E eu que imaginava que nem havia campeonato para essas coisas.

O Rolimã é composto por 3 rodas de rolimã, uma madeira grande para sentar e um pedaço de pau para colocar os pés. Mas quando fiz a contagem do material do meu pai, percebi que tinham peças a mais, como por exemplo um 4º rolimã, que logo imaginei ser o estepe. Porém nunca ouvi falar de um rolimã que furasse.

Sem contar uns pedaços de pau a mais.

Fiquei doido e perguntei para o meu pai se ele sabia o que estava fazendo. Nossa.... (o tempo fechou) me arrependo disso até hoje. 

NUNCA PERGUNTEM PARA MEU PAI SE ELE SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, pois ele processa essa informação em sua cabeça como algo do tipo: "e ai florzinha, ta afim de levar umas porradas". Acho que ele apenas se conteve pois era meu pai e eu uma criança que tomaria conta de sua vida quando velho. Porem pude ver que ele segurou firme o martelo e me olhou com a cara do Jack Nicholson naquele filme que interpreta um psicopata.


a cara do meu pai quando alguém 
pergunta se ele sabe o que fazendo

Bom, decidi deixar o "mestre profissional" em criação de rolimã trabalhar.

Mas quando vi o negócio ficando pronto comecei a ficar assustado.

Ele estava ficando bem diferente do que queria.


Rolimã do meu pai e o comum. Alias... um puta 
projeto de engenharia do meu velho.


Ai ai ai... quando ficou pronto e vi o rolimã, comecei a chorar compulsivamente e meu pai claro não acreditava no que via.

Era o melhor que podia fazer. O rolimã era bem diferente do que o pessoal da rua tinha. Eu já antecipava a situação.

Seria tratado como o leproso excluído para o resto da vida, já me via com 50 anos sendo apontado na rua como "Hey... olhem, é o cara do Rolimã".

Sai correndo para meu quarto e chorava chorava... Até que minha mãe e meu pai foram falar comigo.

E meu pai disse algo que não adiantou muita coisa, mas pelo menos parou meu choro.

Ele disse: "é... seu carrinho ficou igual a um MONZA!" Olha minha cara quando ele disse isso. 


minha cara quando ouvi que
meu carrinho parecia um monza


E para quem não conhece, o chevrolet monza em questão:




Bom, de qualquer forma, eu fui convencido a voltar para meu convívio social que a pouco havia abandonado, e vi a gurizada brincando com meu Rolimã e rindo.

Foi bem legal, me senti de volta. Já podia brincar de novo. Fiquei bem feliz, não era mais o leproso.

Falei para meu pai, "você é o melhor pai do mundo". e ele, "é... sei!"


"eu sei..."


Bom, mas isso durou apenas até eu querer uma pipa. 
Amanhã escrevo sobre essa história.

t+





Como educar seus filhos! Ou como não educar seus filhos. Nostalgia e brincadeiras de criança. A melhor fase da vida.