Idéias de Girico

Como sempre, eu e minhas ideias de Girico! Alias... quem foi Girico? Ou quem é ? ou para onde foi? Será que fuma? Será que tá vivo? Será que tem instagram? Mas foda-se...

Eu fui pego de surpresa pelo frio. Afinal de contas, moro num país tropical. O frio sempre surpreende.

Então, fui para ponta porã, tocar no festival de inverno de lá. Todos com seus casacos e eu (lógico) me achando o conan, estava só de camisa.

Voltei de lá de boa. Sou um ser resistente ao frio. Tudo graças a minha macheza, testosterona, latinisse, indisse, pimentisse, e meu sangue ferve.

Pronto... chegando na capital, todos com frio, e o gurizão aqui de camisa. (com a mesma camisa inclusive).

E uma semana se passou, e o pessoal do trabalho de jaqueta, e eu de camisa (agora outra é claro). E os dias se passaram, e eu dormindo com uma coberta fina e os pés pra fora.

Daí é mãe, namorada, amigos de trabalho, mendigos, perguntando. “hey, vc não tá com frio?”

Eu totalmente adepto de que frio é para os fracos, respondia... “não”.

Sou foda... eu regaço. Sou um super homem, sou um tigre siberiano.

E agora escrevo esse texto com o nariz escorrendo, um olho lacrimejando, a garganta inflamada, uma jaqueta de couro, e o gostinho da vitória perdida em algum lugar dessa sala fria.

Mas afinal... quem é o maldito Girico?

Artista de rua - sultans of swing - dire straits

Esse cara regaçou tocando sultans of swing do dire straits em são paulo. Com direito a um solo de improviso no fim. Muito bom.

Do ódio ao amor

#DROGADEVIDA

Merda de inverno maldito. Merda de Cidade com ventos uivantes no meio do ano. Merda de Meio do Ano. Tudo é ruim, os dedos duros, os mamilos duros, encostar em tudo doi. E doi tudo. Voce abre a boca para rir de um vídeo do portas dos fundos e pronto, Racha a boca em 18 pedaços. E bate vento, e é ruim para fumar, para beber, para todo o resto. Higiene pessoal então nem se fala.

E é aquele bando de gente fedendo, se achando elegante com um monte de roupas de lã cheirando guarda roupas de compensado.  E sempre tem um pra dizer: Ai, esse tempo está bom para um chocolate quente! Ou uma Sopinha! PROS INFERNOS SEUS MALDITOS ADORADORES DE FRIO. Que todos vão para os quintos do polo norte, e eu os condeno a passar a eternidade vendendo gelo no ártico, bem no meio da tundra gelada.

Nem sexo, dá para fazer nessa porra. Há não ser que estejamos falando do Tocha Humana! Bah... mas quadrinhos não existem. Então (pensa pensa pensa)ah... já sei!  O que é melhor que cobertor para se esquentar em dias escrotos como esses?

UM LATINO!

E como bom latino que sou, é assim que inicio esse texto.

São quase 19 horas e ele ainda está no trabalho, pensando no que fazer em casa quando chegar. Ele precisa dar uma geral pois terá um visita mais que especial. A menina de seus sonhos. Clara como a lua e farta como uma Afrodite! Ele sabe de sua mania de limpeza, então precisa dar uma caprichada.

Exausto, acende um cigarro e olha o resultado. Acho que dá para enganar, pensa ele. Apaga seu cigarro, e vai dormir.

Sua cabeça não para. É a ansiedade. O divino inesperado que está por vir. Então, dorme pensando nela.

Gira para um lado...

Gira para outro!

Em 20 minutos está dormindo, e é quando recolhe seus pés para dentro do cobertor.

Seus olhos começam a mexer. Ele está sonhando, e que sorriso bobo tá na sua cara.

O que será que ele sonha?

Com certeza com ela...

Com certeza com sua boca doce, seu hálito molhado... seus olhos famintos...

Seu toque, seus movimentos.

Seus seios, e seu sabor único.

Seu sorriso cheio de mistério.

Sabe provocar... mas gosta mesmo de obedecer!

Mas infelizmente, não passou de um sonho! Somente o mundo real, poderá saciar.

Eles precisam mesmo sair do sonho e partir para o mundo real, onde podem se esquentar.

E curiosamente, essa lista de sentimentos sempre é desperta com um cheiro de barra de chocolate. E assim, sem mais nem menos, começamos a namorar.

e... tudo melhorou!

Assalto a banco por luis fernando verissimo

se é dele mesmo eu não sei, mas é muito bom.

- Alô? Quem tá falando?

- Aqui é o ladrão.

- Desculpe, a telefonista deve ter se enganado, eu não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí?

- Não, os funcionário tá tudo refém.

- Há, eu entendo. Afinal, eles trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida difícil... Mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles?

- Impossível. Eles tá tudo amordaçado.

- Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí?

- Claro que não mermão. Quanta inguinorânça! O chefe tá na cadeia, que é o lugar mais seguro pra se comandar assalto!

- Bom... Sabe o que é? Eu tenho uma conta...

- Tamo levando tudo, ô bacana.
O saldo da tua conta é zero!

- Não, isso eu já sabia. Eu sou professor! O que eu queria mesmo era uma informação sobre juro.

- Companheiro, eu sou um ladrão pé-de-chinelo. Meu negócio é pequeno. Assalto a banco, vez ou outra um sequestro..

Pra saber de juro é melhor tu ligá pra Brasília.

- Sei, sei. O senhor tá na informalidade, né? Também, com o preço que tão cobrando por um voto hoje em dia... Mas, será que não podia fazer um favor pra mim? É que eu atrasei o pagamento do cartão e queria saber quanto vou pagar de taxa.

- Tu tá pensando que eu tô brincando? Isso é um assalto!

- Longe de mim pensar que o senhor está de brincadeira! Que é um assalto eu sei perfeitamente; ninguém no mundo cobra os juros que cobram no Brasil. Mas queria saber o número preciso: seis por cento, sete por cento?

- Eu acho que tu não tá entendendo, ô mané. Sou assaltante. Trabalho na base da intimidação e da chantagem, saca?

-Ah, já tava esperando. Você vai querer vender um seguro de vida ou um título de capitalização, né?

- Não... Já falei... Eu sou... Peraí bacana... Hoje eu tô bonzinho e vou quebrar o teu galho.
(...um minuto depois)

- Alô? O sujeito aqui tá dizendo que é oito por cento ao mês.

- Puxa, que incrível!

- Incrive por quê? Tu achava que era menos?

- Não, achava que era mais ou menos isso mesmo. Tô  impressionado é que, pela primeira vez na vida, eu consegui obter uma informação de uma empresa prestadora de serviço pelo telefone em menos de meia hora e sem ouvir 'Pour Elise'.

- Quer saber? Fui com a tua cara. Acabei de dar umas bordoadas no
gerente e ele falou que vai te dar um desconto. Só vai te cobrar quatro por cento, tá ligado?

- Não acredito! E eu não vou ter que comprar nenhum produto do banco?

- Nadica de nada, já tá tudo acertado!

- Muito obrigado, meu senhor. Nunca fui tratado dessa...
(de repente, ouvem-se tiros e gritos)

- Ih, sujou! Puliça!

- Polícia? Que polícia? Alô? Alô?
(sinal de ocupado...)

- Droga! Maldito Estado: quando o negócio começa a funcionar, entra o Governo e estraga tudo!

Luís Fernando Veríssimo